Pontos de Vista
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Por um Império da Flor de Lis
Com Prof. Dr. Amon Pinho – Universidade Federal de Uberlândia
Costumo definir o pensador luso-brasileiro Agostinho da Silva (1906-1994) como um humanista militante e crítico. E humanista militante e crítico para o qual o Brasil se revelou sobretudo por meio das práticas e representações do que poderíamos chamar a cultura popular tradicional luso-afro-ameríndio-brasileira. De modo mais específico, marcaram-no fundamente os messianismos sebastianistas (como os de Canudos e do Contestado), por um lado, e as diversas celebrações do culto popular do Espírito Santo, por outro, além do candomblé, do culto de tambor de mina, do bumba-meu-boi, da folia de reis e de outras manifestações características das culturas populares. Porque indiscutivelmente determinante para o pensamento, a obra e a vida de Agostinho da Silva, elegerei o culto popular do Espírito Santo como eixo de gravitação de nossa reflexão. Não tanto com o objetivo de abordar diretamente o culto ele mesmo. Mas de tematizar, em diálogo com ele – e com certas perspectivas proféticas e políticas da época medieval à contemporânea –, a ideia agostiniana de um “Império da Flor de Lis”. Imperioso império em nada imperial a que o universalismo potencial da cultura brasileira poderia, quiçá, virtuosamente visar.
De quando Fernando Pessoa nos conta uma história: um caminho com a Criança Eterna de Alberto Caeiro
Com Josias Padilha – Universidade de São Paulo
Dados do Evento
Data: 30/05/2022
Horários: 9:00 - 12:00
Localização: Oficina Cultural Oswald de Andrade