CONVIDADOS

Marcus Borja

voltar aos CONVIDADOS 6 de abril de 2018
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Marcus Borja é ator, diretor, dramaturgo, pesquisador, músico e regente de coro.

Doutor em Estudos Teatrais pela Sorbonne e a Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador do programa SACRe (Science, Art, Création, Recherche) de Paris Sciences et Lettres (PSL), é professor na École du Nord (Lille), na École Supérieure d’Art Dramatique (Paris) e dirige o coro do Conservatoire National Supérieur d’Art Dramatique de Paris, a mais antiga e importante escola superior de formação de atores da França. Também ensina no Instituto de Estudos Teatrais da Sorbonne e dá regularmente workshops de técnicas teatrais em várias instituições na França e no exterior.

Após uma primeira formação como ator no Brasil e um bacharelado em letras na Universidade de Brasília, formou-se na França na École Jacques Lecoq, na École Supérieure d’Art Dramatique (onde teve como professor, entre outros, Jean-Claude Cotillard, pai da atriz Marion Cotillard) e no Conservatoire National Supérieur d’Art Dramatique (direção). Possui também uma graduação e um mestrado em história da arte e museologia pela Escola do Louvre. Trabalha tanto como ator e diretor, quanto como músico e regente. Já trabalhou com Ariane Mnouchkine, Jacques Rebotier Sophie Loucachevsky Fausto Paravidino, Éric Ruf, Yoshi Oida, Meredith Monk, Thomas Ostermeier, Christiane Jatahy, Antônio Araújo, Christophe Rauck, entre outros. Já atuou em algumas das mais importantes salas de espetáculo da capital francesa como a Comédie Française e o Théâtre National de la Colline, mas também em grandes centros de arte como o Museu do Louvre e o Centre Georges Pompidou.

Entre suas criações mais recentes estão Le Chant des Signes, espetáculo escrito a partir de poemas inéditos de Sony Labou Tansi, encomendado pelo festival Les Francophonies en Limousin de 2015; Théâtre, espetáculo coral entre teatro, concerto e instalação performativa para 50 intérpretes em 36 línguas; Intranquillité, baseado no Livro do Desassossego de Fernando Pessoa e Bacchantes (a partir das bacantes de Eurípides) reunindo um coro de quarenta mulheres.

Publicou numerosos artigos e ensaios, entre os quais “Du collectif au collaboratif : tendances et évolutions de l’écriture scénique au pluriel” no livro Les Collectifs dans les arts vivants depuis 1980, ed. L’Entretemps, 2014; “L’Écoute active et le silence parlant : la musicalité comme base pour la direction d’acteurs” no livro La Direction d’acteurs peut-elle s’apprendre ?, ed. Les Solitaires Intempestifs, 2015 e “Presença auditiva e escuta em presença: por uma poética sonora do teatro, na revista Moringa de artes do espetáculo da Universidade federal da Paraíba, no 8.

É colaborador artístico e tradutor de Christiane Jatahy para os espetáculos La Règle du jeu (baseado no filme A Regra do Jogo de Jean Renoir), criado para a trupe da Comédie Française, do qual também é o pianista em cena, e Ithaque, baseado na Odisseia de Homero, criado em março deste ano no Odéon Théâtre de l’Europe em Paris.