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Convidados de 2016: Francisco Gregório (Rio Branco/AC)

voltar às notícias 25 de fevereiro de 2016

Francisco Gregório

Foto: Allen Ferraz

 

Práticas leitoras – algumas vivências de um contador de histórias, por Francisco Gregório

Ao longo da minha história de narrador venho, invariavelmente, me deparando com a vontade de entender que papel é esse que desempenho e que limites devo me impor para não ser o interventor, aquele que sabe, aquele que detém a história, mas alguém que media, que inclui, que torna o outro participante da história, que traz o outro para ser parceiro e compartilhar. Mediação. Aprendo todo dia um pouco nessa arte que é ouvir e contar histórias. Percebo que as minhas escolhas de repertório dizem quem eu sou e de onde venho. Esse acervo vai me possibilitando construir meu saber. Produzo minhas memórias e vou apontando meu futuro. Então sigo, pela escolha dessas narrativas, revelando aos outros as informações de como me constituo.

 

Sobre Gregório

Francisco Gregório Filho é contador de histórias e escritor. Desenvolve oficinas de formação de contadores de histórias há mais de 30 anos no Rio de Janeiro e em outras cidades do país. Publicou livros de histórias para leitores infantojuvenis e para adultos; também escreve artigos para jornais e revistas sobre práticas leitoras e a ação de contar histórias. Foi o primeiro coordenador do Proler/Biblioteca Nacional/Ministério da Cultura, entre 1992 e 1996. Gestor de programas e projetos com as diferentes linguagens artísticas e a formação de leitores. Nasceu em Rio Branco, no Acre, onde foi Secretário de Cultura do Estado por duas vezes. Alguns de seus livros: Dona baratinha e outras histórias, pela Rocco; Lembranças amorosas, pela Global e Ler e contar, contar e ler, pela Letra Capital.