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Geeta Ramanujam – Índia

voltar às notícias 4 de abril de 2016
Geeta Ramanujam

Geeta Ramanujam é indiana, sua mãe contava para ela contos da sua vila nativa Tamil e seu pai lia Oliver Twist e a Cabana do Tio Tom. Geeta cresceu em Bombay contando histórias, além de contadora de histórias é educadora, acadêmica e administradora. É a irmã mais velha de sua família e casou-se antes de completar a escola. Mas isso não a impediu de continuar seus estudos nas áreas de educação, biblioteconomia e economia. Trabalhou voluntariamente em escolas de bairro no Canadá e Estados Unidos e utilizava histórias e versos para debelar a atitude racista contra negros e indianos. Quando voltou para sua casa começou a trabalhar como professora de educação infantil em Bangalore, onde era conhecida como Tia Pirulita ou a Tia da História. Mais tarde ela elaborou o currículo de Social Studies, onde mais uma vez introduziu aulas com narração de histórias. Cuidou da biblioteca da sua escola montando diferentes cantos de leitura. Os pais dos alunos começaram a se interessar pela narração de histórias e começaram a ajudá-la a organizar workshops de narração, dos quais inúmeras crianças participaram. Geeta utiliza a narração de histórias como ferramenta educacional e cultural em diversas instituições do mundo e já se apresentou na Escócia, no Brasil, na Suécia, na Polônia e em outros diversos países. É diretora executiva do Fundo Kathalaya, que é a culminação de sua visão e sabedoria, estabeleceu e fundou a academia de narração de histórias, a única academia de narração de histórias internacionalmente reconhecida no mundo. É membro da Ashoka. Sua expressividade corporal e gestual fazem com que, mesmo aqueles que não conhecem a língua em que está contando, possam se envolver com as histórias. Muitas das histórias que conta são do sul da Índia e da região de Tamil, mas também conta histórias de outros países, apenas não estão em seu repertório contos de fadas de príncipes e princesas, pois para Geeta a beleza desses personagens, geralmente, loiras e alvas se opõe a beleza morena e de pele escura indiana, acabando por gerar um efeito negativo. Sua busca é por, cada vez mais, utilizar a narração de história na educação através da formação de professores.