Boca do Céu 2010 – 10 a 16 de maio

O que uma criança autista narra para a terapeuta? O que uma cultura narra para uma antropóloga? O que a História do ser humano narra para uma filósofa? O que o corpo do paciente narra para uma cinesiologista? O que pode ser para uma cineasta a narrativa no cinema? E para uma educadora musical, o que pode ser a narrativa na música das crianças?

O foco do Boca do Céu 2010 é a discussão sobre a importância das narrativas como parte de vários tipos de experiência de conhecimento humano.

A função principal desse Encontro, desde que aconteceu pela primeira vez em 2001 no Sesc Vila Mariana, é propiciar diferentes situações de contato com a arte da narração que possam ser inspiradoras de ações educativas, culturais, sociais e estéticas.

As atividades do Boca do Céu sempre foram pensadas com base nos eixos da Proposta Triangular para o Ensino e Aprendizagem da Arte formulada por Ana Mae Barbosa: produção, leitura e contextualização da arte.

Porque afinal, como em todas as outras artes, a gente pode aprender a contar histórias contando, escutando alguém contar e pesquisando os diferentes contextos que envolvem essa manifestação artística tão antiga.

Por isso, cada conjunto de atividades do Boca do Céu foi nomeado com uma metáfora, para instigar os participantes à busca e ao encontro de algo valioso.

E o desenho ficou assim:

A caminho do tesouro: aprender a contar. Atividades de produção: Oficinas.

O tesouro: aprender a escutar. Atividades de leitura e escuta: Narrações de contos.

O mapa do tesouro: aprender a pesquisar. Atividades de contextualização da arte narrativa: Debates, Palestras e Relatos de experiências.

Convidamos a todos para virem até a Oficina Oswald de Andrade com sua bagagem, seu passaporte nacional ou internacional, 7 pares de sapatos para gastar até a última sola e, muito importante: não se esqueçam de desligar os celulares.

Sejam bem-vindos ao Boca do Céu!

Regina Machado