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Sete montanhas, sete vestidos, sete anões,

sete cabritinhos, sete príncipes, sete mares,

sete luas, sete sapatinhos, sete princesas,

sete léguas, sete vales…

Sete Encontros Boca do Céu. Viva!

Apesar de no Brasil e no mundo estarmos passando por momentos difíceis e esta não ser exatamente uma época para comemorações, cada ser humano, em qualquer momento da História, em qualquer uma das vinte e quatro horas do seu dia, pode ter ocasião de celebrar algum vislumbre de vida. Por dentro da casca da existência o movimento de busca pelo que faz sentido é intenso, constante, caleidoscópico e incansável. Os contos tradicionais nasceram e vivem nesse lugar além das aparências. E desde 2001 são nossos convidados de honra no Boca do Céu. Viajam por abóbadas celestes e correntes submersas, chegam, se instalam, se entretecem e animam nossos dizeres. Acendem e fazem ascender nossos núcleos de entendimento.

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No maravilhoso nos percebemos outros, “figurantes figuras, mas personagens personificantes”, como diz João Guimarães Rosa no conto Pirlimpsiquice. Importante no conto: o “um” não existe sem o “todos” e vice-versa. Sete vezes preparamos esse Encontro. A cada vez eu disse que não estaria no próximo ano, tamanha era a audácia do intento (digo no singular porque nunca ninguém da equipe me secundou nesse disparate). E seguimos juntos, como sempre, cada um de nós se fazendo de Pedro Malasartes, acendendo seu foguinho e propondo a vocês uma sopa de pedra. Sopa que vamos fazer e tomar juntos. Garantimos apenas que o imenso amor que nos reúne como equipe de trabalho providenciou a melhor lenha, o melhor caldeirão e a pedra mais bonita que cada um de nós foi capaz de encontrar. A sopa ficará pronta com os tesouros e sabores que cada um de vocês trará para dentro do caldeirão, claro. Especialmente com os aromas que vão aparecer com os contadores vindos pela nova ideia do Edital.

Nesse ano retomamos o Fórum, espaço aberto para situarmos questões fundamentais da Arte da Narração Oral. Afinal, com esse aumento avassalador de contadores de histórias em nosso país, o Boca do Céu torna-se também oportunidade urgente, entre tantas outras que estão surgindo no Brasil, para formulações a configurar propósitos, abordagens e repertórios, a semear perguntas, a incentivar pesquisas. Que nenhuma arte nunca se sustentou de exterioridades, mesmo que a “arte da sociedade da mercadoria” insista em nos contradizer.

Não é fácil, rápido, e muito menos se aprende em um final de semana. A arte de contar histórias tem a duração do pôr de sol de sete milhões de milênios. Para prová-la, sete vidas e um segundo.

No Boca do Céu são sete dias e uma manhã. Nada mais do que um instante. Nele podemos buscar encontros com seres humanos, que parecem estar desaparecendo do mundo como que por desencanto para dar voz aos que ocupam pateticamente as cadeiras de comando da terra do nunca. No instante dos contos tradicionais nos vestimos de seres humanos, com pompa e circunstância. Eles nos fazem recordar como podemos nos transformar no que podemos vir a ser pela memória do que a dignidade e a beleza sempre foram.

A Verdade nua e crua só conseguiu entrar no palácio do grande sultão quando se revestiu magnificamente com os adornos da Fábula. Com muita alegria, ainda que desabusada, lhes damos as boas-vindas ao palácio do Boca do Céu. Na terra do sempre.

Regina Machado

CONVIDADOS

Brasileiros:
Adelsin (MG), Andréa Cozzi (PA), Caipirinhas e Caipirinhos (SP), Cristino Wapichana (RR), Daniel D’Andrea (SP), Daniel Munduruku (SP), Daniella D’Andrea (RJ), Emilie Andrade (SP), Fernanda de Paula (MG), Francisco Gregório (AC), Gabriel Levy (SP), Giba Pedroza (SP), Giuliano Tierno (SP), Goreth Albuquerque (CE), Gustavo Costa (RJ), Histórias Para Ver e Ouvir (SP), Ivani Magalhães (SP), Jerusa Pires Ferreira (BA-SP), Josiane Geroldi (SC), Kelly Orasi (SP), Lucilene Silva (SP), Luis Vicente Barros (RJ), Madalena Monteiro (SP), Mafuane Oliveira (SP), Marcela Carvalho (RJ), Marcelo Pretto (SP), Marina Abib (SP), Marina Pittier (RJ), Narração em Libras da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Oca Escola Cultural (SP), Paulo Federal (SP), Paulo Freire (SP), Pedro Cesarino (SP), Rafael Morais – Teatro Griô (BA), Regina Alfaia (SP), Reginaldo Prandi (SP), Rita Nasser (SP), Simone de Lima (SP), Stance Dual School (SP), Tânia Soares – Teatro Griô (BA), Thomas Howard (SP), Valdeck de Garanhuns (PE), Vinícius Mazzon (PR), Vivian Catenacci (SP), Toninho Carrasqueira (SP).

Internacionais:
Bernadette Bricout (França), Carolina Rueda (Colômbia), Dominic Kelly (Inglaterra), Geeta Ramanujam (Índia), Itah Sadu (Canadá), Julia Klein (Alemanha), Lenna Bahule (Moçambique), Ludovic Souliman (França), Luis Esteban Galicia Leon (México), Mariana Fernández (Argentina), Michel Faubert (Canadá), Susana Amuchástegui (Argentina).

EQUIPE

Criação, Curadoria e Coordenação: Regina Machado

Produção e Comunicação: 3 Apitos Esporte + Cultura
Leonardo Marins e Tarsila Danieletto

Produção convidados internacionais: Ligia Farias-Cardon, Josias Padilha e Julia Grillo

Produção convidados nacionais: Danielle Barros e Fabiane Camargo

Projeto gráfico e cenografia do evento: Cocar Design (Alice Freire) + Helena Forghieri